Kazuo Hirai, CEO da Sony, aproveitou a conferência da empresa na segunda-feira (05/01) na CES 2015, que acontece em Las Vegas (EUA), para elogiar os funcionários do estúdio de Hollywood da companhia. Hirai ressaltou a resistência dos funcionários aos "esforços extorsores" de hackers que atacaram a Sony Pictures Entertainment, trazendo diversos prejuízos para a empresa.

Segundo o Verge, este foi um dos primeiros comentários e posicionamentos da Sony sobre o ocorrido. De acordo com Hirai, os funcionários atuais e antigos do estúdio foram "vítimas de um dos ciberataques mais maldosos e maliciosos que conhecemos na história recente". O ataque aconteceu conforme a companhia se preparava para lançar o filme "A Entrevista", uma comédia contendo uma trama fictícia de dois jornalistas contratados para matar o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. O governo americano logo atribuiu o acontecido à Coreia do Norte, o que gerou um grande mal-estar para as relações dos países, que nunca foram das mais amistosas.

O ataque atingiu a rede de computadores da Sony em novembro e ocasionou no vazamento online de filmes inéditos e de dados embaraçosos.

"A liberdade de discurso e a liberdade de expressão são 'cordas salva-vidas' para a Sony e nosso negócio de entretenimento", disse Hirai, agradecendo ao púbico que assistiu ao filme.

Inicialmente a Sony havia cancelado o lançamento de "A Entrevista" depois que hackers, autodenominados Guardiães da Paz, ameaçaram cinemas de transmitirem o filme. Depois de posicionamento do governo americano, incluindo o presidente Barack Obama, e de celebridades de Hollywood, a Sony resolveu lançar o filme, embora não tenha nem chegado perto de compensar os cerca de US$ 88 milhões em gastos com a produção e publicidade do longa.

Fonte: CanalTech