Pessoas que falam vários idiomas são intrigantes e conseguem fazer com que qualquer mortal se sinta um pequeno grão de areia insignificante. O que elas fazem para ter fluência em múltiplas línguas? Estudam 24h por dia? Têm técnicas para decorar palavras? Têm superpoderes?
Para responder a essas perguntas, ninguém melhor do que um cara que é fluente em SETE idiomas. A seguir, conheça as táticas de aprendizado do húngaro Balázs Csigi, CEO de uma empresa de idioma que se propõe a ensinar métodos inovadores para quem quer aprender novas línguas. Confira algumas dicas dele a seguir:
1 – Aprenda questões culturais além do vocabulário
O idioma falado em um país é construído com base na cultura da região também, e se você fica preso somente às questões gramaticais e às traduções literais, vai ter dificuldade em se tornar fluente. “Muitas palavras em uma linguagem são únicas e não podem ser traduzidas exatamente para outros idiomas”, explica Csigi.
2 – Aprenda palavras que salvem você de situações constrangedoras
O expert fala que, em inglês, a falta do uso de algumas palavras pode significar que uma pessoa é rude ou mal-educada, o que a impedirá de causar uma boa impressão, obviamente. Ainda falando da língua inglesa, vale frisar que, em países do Reino Unido, a falta do uso de palavras como “please” e “thank you” é vista como algo extremamente rude, enquanto no Brasil nem sempre pedimos por favor ou agradecemos – e nem por isso somos considerados rudes, especialmente se estivermos entre amigos.
Csigi cita outros termos que nem estão diretamente ligados a essa questão de educação, mas que são “amaciadores” em diálogos, e que ele passou a usar com mais frequência na medida em que se tornava fluente em inglês: a little bit (um pouco), really (realmente), probably (provavelmente), I think(eu acho) e as far as I know (até onde eu sei) são alguns exemplos.
3 – Descubra como elogiar apropriadamente
A expressão “quite good” é entendida, pela maioria dos europeus, como um elogio – no caso de um jantar, por exemplo, dizer que estava “quite good” pode significar que a comida estava boa; agora se você diz isso na Inglaterra, a pessoa vai entender como “estava comível”. Os britânicos costumam valorizar muito as pessoas que consideram “polite”, ou seja, aquelas realmente educadas, que sempre pensam antes de dizer alguma coisa.
4 – Seja otimista
Csigi não fala apenas do otimismo básico, que é aquele pensamento positivo a respeito dos mais diferentes aspectos da vida. Ele explica que esse otimismo está presente, inclusive, na língua inglesa, que tem o costume de substituir palavras negativas por versões mais neutras e positivas.
Como exemplo, ele explica que a palavra “problem” é muitas vezes substituída por versões mais neutras como “issue” (questão). “A maioria das palavras em uma língua estrangeira revelam uma mentalidade específica, que é mais facilmente sentida quando você traduz de um idioma para o outro. Talvez você entenda a sensação quando a tradução se parece com a versão original”, explica.
5 – Por que a decoreba não funciona
Decorar verbetes até pode ser uma saída, mas não para quem quer se tornar fluente de verdade em um novo idioma. Csigi explica que o aprendizado de uma nova língua nada tem a ver com decorar vocábulos, sentenças prontas e se prender a regras gramaticais em cada fala.
Em todo o seu texto, que foi publicado originalmente no Business Insider, o expert reforça a necessidade de mergulhar na cultura de cada lugar e de entender que algumas expressões não podem – nem devem – ser traduzidas literalmente. “Não importa qual idioma você está aprendendo, permita que o pulsar de uma nova cultura corra por suas veias”, finaliza.
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